As músicas de cada cidade

Após nossa divertida conversa sobre os beijos de cada cidade, lembrei outra diferença cultural instigante: as músicas. Sim, toda cidade tem sua música e suas formas de se relacionar com ela.

Música é algo que sempre presto atenção. Não existe confraternização sem música, bar sem música, pedal sem música. Ela que dá o ritmo! Pensando nisso, resgatei os estilos musicais que marcam algumas cidades para mim. Seguem meus pontos:

Rio de Janeiro: É o samba que começa a tocar na mente e já começo a me mexer. Também tem as variações, como o pagode. Depois de umas cervejas, nada bate o pagodão dos anos 90! Não posso esquecer do funk, mas esse nunca consegui “ser chegada” e sempre acabei desviando da rota;

Brasília: Gente, aqui é difícil. No Rio, acho fácil fugir do funk. Mas em Brasília o sertanejo persegue em todos os cantos e casas e carros e aniversários. Ele está por toda parte. Os outros gêneros acabam sendo resistência. Aqui, é o sertanejo que manda.

Belém: Eita lugarzinho que está no meu coração. Mas, para mim, as músicas foram diferentes demais. Se sertanejo é difícil de conviver, você não imagina o arrocha, o brega, o tecnobrega, a sofrência. Oh céus! Era engraçado tentar achar os pontos de fuga. E o reggae me faz lembrar de lá também, apesar de ser uma marca forte de São Luís, no Maranhão.

Quais são as músicas da sua cidade? Ou de outros lugares que conheceu?

Foto autoral. Céu de Brasília, Junho de 2020.

45 comentários sobre “As músicas de cada cidade

  1. escreVENDO.com

    Eu adoro música, mas, particularmente, as da minha cidade, Salvador, eu detesto. Não suporto axé music. Com algumas exceções é claro. Alguns compositores baianos, mesmo de axé são bons, como Luis Caldas, por exemplo. E de MPB, a Bahia tem um portfólio forte 🤩

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  2. Antigamente por aqui na região de Ctba tinha bastante música gaúcha, mas eu percebia mais pelo fato de meu irmão gostar e ter amigos do meio. Eu nunca gostei, mas tinha que suportar. Depois veio o sertanojo new wave e tomou conta. Mas, como também não curto, eu sou mais o rock e mpb, e vejo que esta cena também é forte aqui. Me decepcionou um pouco quando morei no RS de ver que a música gaúcha virou mais uma questão de respeito as tradições, caiu um pouco em desuso. Já quando morei em SC, lá em Itajaí, por ser litoral, tinha bastante a turma do reggae e uma coisa do samba e mpb bem gostosa e interessante também. Já Baln. Camboriú música eletrônica era forte, mas é mais pela vocação do local.

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    1. Essas músicas tradicionais do sul são interessantes! Tenho uns amigos catarinenses e eles vivem cantando umas músicas antigas quando tomam umas… Bem típicas e que provavelmente escutaram muito na infância. E também tem muito reggae mesmo, chimarruts e Armandinho acho que são do sul, não lembro de qual estado. Adorei sua análise do sul! Obrigada! 🙂🌻

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  3. Mariana Gouveia

    Na minha cidade – Cuiabá – é o rasqueado e o lambadão. As músicas são dançantes e as dançarinas usam um lado sensual na dança.


    Conhecido nacionalmente, depois de gravarem com Zezé de Camargo e Luciano, só mesmo Pescuma, Henrique e Claudinho.

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      1. Renata Rodrigues

        Poxa sério?🤔sortuda ela ne 🥰😊
        Tbm ganhei uma amiga de Brasilia que mto a estimo e carinho por ela tenho.Sao Paulo eterna terra da garoa e muito frio ak Jesusss 🥶🥶🥶🥶🤣🤣😘

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    1. escreVENDO.com

      Concordo com você. O Brasil tem muita coisa boa, mas também tem muita coisa ruim.
      Tem umas bandas novas e uns artistas, que Deus me livre
      Respeito o estilo de cada região, mas creio que tem muita porcaria sendo chamada de música 👎🏻👎🏻👎🏻

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  4. a música do rio grande do sul é muito enraizada entre o nativismo e o tradicionalismo, com ritmo muito definidos. no entanto, há pontos que nos aproxima do Uruguai e Argentina, com quem fazemos fronteira, e os ritmos como chacareira, chamamé e outros são parte já da nossa cultura, assim com a partir dos anos 80 o que se convencionou chamar de música popular gaúcha (urbana) se fortaleceu bem como o rock. claro que outras vertentes da música também. há uma diversidade imensa que acolhe desde o nativismo ao sertanejo, passando pelo samba, rock, mpb, bossa nova, tango, chorinho, jazz e também uma cena com música clássica bem acentuada. eu, em particular, sou da geração do rock dos anos 60, do qual não me afasto nunca, e muito música instrumental. em especial, gosto muito de quarteto de cordas, tango instrumental é maravilhoso, um bom blues, Madeleine Peyroux, Bob Dylan, Neil Young…enfim, o momento vai construindo uma trilha que sempre me acompanha. acredito que hoje, mais que nunca, a música se universalizou e os músicos de raiz mesmo continuam fazendo trabalhos fantásticos.

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    1. Não tinha pensado nessa influência do Uruguai e da Argentina! Faz muito sentido. Conheço praticamente nada sobre música tradicional gaúcha e a popular (urbana). Tá aí um campo musical que posso explorar! Também sou fã de jazz e blues 🌻

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      1. toquei apenas por cima, não disse por exemplo que a região missioneira, tem muito da milonga, do payador (Atahualpa Yupanqui, Jorge Cafrune), o rock argentino é emblemático nos anos 80 em toda a nossa América (Charly Garcia, Sui Generis, León Gieco) e do Uruguai vem o candombe (Rubem Rada), as murgas, a milonga também (Alfredo Zitarossa), etc…assim como vários outros ritmos e gêneros de outros países. claro, que em muitos casos temas políticos, sociais, de amor, de alegria, de festa…). por óbvio, que aqui acolhemos muito do Brasil também: o Clube da Esquina, a Bossa Nova, e outras “trocas” sempre bem-vindas. o legal de tudo isso é que a diversidade pode ser um caminho de integração entre as nossas regiões e outros países. Em particular, também gosto e muito de jazz e blues. mais adiante, deixa passar o período de exames e consultas e te envio alguns nomes e discos que, quem sabe, podes gostar. um abraço gaúcho.

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      2. Caramba!! Muitos nomes que eu nunca ouvi. Nosso Brasil é muito abençoado, tem arte para todos os gostos. Combinado, aguardo suas indicações! Bons exames e consultas, espero que esteja tudo bem com você. Um abraço! 🌹

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  5. Vamos lá: Clube da esquina, skank, Paulinho Pedra Azul, Jota Quest, Milton, Vander Lee, Trio Amadeus, Tia Anastácia, Clara Nunes, Lô Borges, Fernanda Takai, Flavio Venturini, entre outros/as. Conhece alguns deles/as?

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  6. Estamos emparentados con esos ritmos descendientes de la música africana, pero también la que trajeron los emigrantes y la que ya había con nuestros ancestros aborígenes. Aquí en Colombia al igual que el Brasil tenemos infinidad de géneros, pero se destacan el Vallenato, La Cumbia, La música Llanera y las vertientes influenciadas por el Rock en español de Argentina e indiscutiblemente la música comercial anglo. Aristas cómo Carlos Vives, Shakira y Juanes son referentes pero en lo regional hay muchas propuestas que abonan a nuestra cultura y están creciendo. Yo soy de la música de planchar como llamamos aquí a las baladas románticas, al Rock clásico y lo instrumental. Gracias Nicole por permitirnos compartir un abrebocas de nuestra cultura.

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    1. Amo la música colombiana, Christian! Y tengo una gran amiga colombiana aquí en Brasilia, donde vivo. Ella siempre me muestra a los cantantes románticos y es genial escucharlos. También me gustan las que podemos bailar, como shakira! La cumbia conocí cuando viajé a Santa Catarina, sur de Brasil, tenia muchos argentinos y uruguayos. Abrazos y gracias!

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