Nosso estranho convívio com a natureza

Não sei se vocês viram, mas no último domingo (26) alguns carros de luxo foram engolidos pela maré na praia do Atalaia, em Salinópolis, nordeste do Pará. Por que isso aconteceu? As pessoas, não sei por qual razão, colocam seus carros na areia! Junto com seus lixos sonoros e materiais.

Sim, pessoal. É na areia mesmo. Imagina a Praia de Copacabana lotada de carros? É isso mesmo que acontece no verão paraense. Já presenciei ao vivo – a pé – e nunca entendi a lógica disso. Além de ser perigoso para os pedestres que estão curtindo o mar, é prejudicial ao meio ambiente.

Esse hábito, que sempre me trouxe incômodos, é um grande exemplo sobre nossa dificuldade em conviver de forma saudável com a natureza. Ela só quer respirar. A empatia é importante entre nós, humanos, mas também com tudo que nos cerca. Somos uma unidade.

Hoje, pode estar tranquilo sobreviver dessa forma tóxica, mas e daqui alguns anos? Durante a pausa que muitas cidades tiveram, a gente pôde olhar como a natureza abriu as suas asas em paz. Foram muitos vídeos de animais em extinção aparecendo nos parques, peixes aparecendo onde só víamos lixo, céu menos poluído.

Talvez não tenha sido tempo suficiente. Talvez a gente não tenha prestado atenção. Tenha paciência, mãe natureza, estamos aprendendo.

Publicado en español por Masticadores de Letras, miralo aquí.

Foto autoral. Praia de Salinas do lado que os carros não gostam / Pará, 2018.

83 comentários sobre “Nosso estranho convívio com a natureza

  1. Bruno Morais

    ‘Somos uma unidade.’ Preciso, fiel.
    ‘Tenha paciência, mãe natureza, estamos aprendendo.’ Recursos sustentáveis, ganhem voz! Tempo rei, vá com calma.

    Tem um texto de Murilo Mendes em que ele diz “Ainda não estamos habituados com o mundo. Nascer é muito comprido.” Seres assim, que invadem para ser, serem notados como presença humana, são crianças, sem a atenção devida, sem a visão coletiva devida, apenas ‘dançando conforme a música.’

    Que esse recorte da sociedade consiga nascer, crescer, questionar e principalmente se investigar. Entender que a natureza é a maior metáfora que temos na vida, ao meu ver. Ótimo texto Nicole, reflexão necessária!

    Curtido por 1 pessoa

    1. Você falou em crianças e algo que tenho visto são as novas gerações de pequenos com uma sabedoria que os mais velhos ainda estão tateando. Para os que estão chegando agora no mundo, o cuidado com a natureza parece algo óbvio… eles amam os animais, gostam de mexer com plantas. Presta atenção, principalmente os que tem até uns 7 anos hoje. Isso dá muita esperança! Obrigada, Bruno! E preferi com seu nome, antes eu ficava perdida hahaha beijos

      Curtido por 1 pessoa

      1. Bruno Morais

        Sim, manter as pequenas esperanças por perto, é tão bom, traz paz. Crianças dotam da felicidade simples, genuína, humilde, ingênua, por isso aprendemos tanto com elas. Quanto mais crescemos mais vamos perdendo a beleza desse contato ínfimo com tudo que nos cerca. A pressão social vai nos preenchendo de outras preocupações.

        Inclusive me lembrou muito o discurso do filme ‘O labirinto do fauno’ agora, que foi capa do meu facebook durante anos, vou rever esse filme logo menos. E indico! Hehe

        Curtido por 1 pessoa

  2. VEM comigo!

    Nicole, ao meu entender, isso ocorre pela falta de conscientização mesmo. A tua preocupação no final do texto reflete essa questão. Tempo, eu acredito que todos temos se aprender algo novo, principalmente em saber viver em harmonia com o meio ambiente. Resta saber se todos estão de acordo. Quem age dessa forma, é o tipo de sujeito que não se adequa às regras.

    Curtido por 1 pessoa

    1. É muito difícil conseguir entender, sabe? Principalmente pra quem está acostumado a amar a praia e a curtir a praia. O que eu ouvia das pessoas é que o pessoal não ia para curtir a natureza, mas para a festa. E a festa era na areia da praia mesmo… com música alta em casa carro, lixos deixados na areia, gasolina vazando. Ai ai… o que é óbvio pra gente pode não ser para outros, né? Tomara que proíbam esses carros logo!

      Curtido por 1 pessoa

  3. elcieloyelinfierno

    Entrada muito boa!
    Clara denuncia por que os seres humanos se destroem. O mesmo se aplica ao ecossistema. Negação e egoísmo expressos em “Eu não me importo” são as qualidades típicas daqueles que, embora ignorantes, nem mesmo se interessam por sua própria qualidade de vida. Uma cordial saudação.

    Curtido por 1 pessoa

  4. Aqui em Fortaleza não acontece isto, porque existe o calçadão, mas em algumas cidades praianas, isto acontece muito. Consegui ouvir pelo meu ouvido direito, um forró e pelo ouvido esquerdo, música gospel. Pessoas acham que estão se divertindo e não respeitam o espaço do outro, melhor dizendo, um espaço que não é de nenhum deles, melhor ainda, um espaço que não deveria ser para carros. Haja paciência, mãe natureza. Ô, dificuldade de aprender!!!

    Curtido por 1 pessoa

  5. Nossa também já fui em Salinas e achei isso muito estranho. Sem falar na questão do lixo na praia…
    Temos que aprender que nossa relação com a natureza não é uma competição, como ouso muitos com a falácia: venci a natureza. Como se nessa disputa não saissimos perdendo de qualquer maneira.

    Curtido por 1 pessoa

    1. E nós fazemos parte da natureza, né? De uma vez por todas, precisamos saber disso. Cuidar dela como queremos ser cuidados. E o lixo lá também me surpreendeu. Também as pessoas dirigindo na areia e você precisa “atravessar a rua/areia” quando sai da água… tenso!

      Curtido por 1 pessoa

  6. Seria sonhar demais agora que a natureza está mostrando sinais de recuperação, pensar que nós da espécie humana iremos ser mais conscientes e integrados a ela? Acho que o egoísmo como sempre falará mais alto, ao menos para uma parcela. Mas, a questão é que os egoístas podem ser menos, mas incomodam muito mais do que os que se importam.

    Curtido por 1 pessoa

    1. Eu acredito, Juliano! E tudo isso está acontecendo para também mostrar que precisamos viver em harmonia. Acredito que você está certo… talvez a maioria se preocupe com a natureza, mas quem faz barulho/destrói muito é uma pequena parcela. Estaria bem pior se a maioria não se importasse…

      Curtir

    1. Hudson

      Da mesma forma que outros temas que você nos apresentou, esse também mostra o egoísmo e falta de empatia de muitas pessoas! É difícil acreditar que pessoas têm a capacidade de deixar carros nas areias das praias! Mas não é preciso ir muito longe para ver a dificuldade que algumas pessoas têm em viver em comunidade! Aqui em Brasília, vemos carros estacionados nos gramados, motoristas que jogam bituca de cigarro, garrafas e outras coisas pela janelas dos carros, que entopem as bocas de lobo, com as consequências que nós conhecemos! A natureza reage e pune!

      Curtido por 1 pessoa

      1. Isso! São diferentes formas de prejudicar a natureza… no meio urbano a gente ventosa hora. Com a praia achei muito estranho, porque desde pequena sou acostumada a curtir a praia. E sempre vi como um presente gratuito que está aí pra gente. Torço para termos mais incentivos para andar a pé, de bicicleta e transporte público. Menos carros!!

        Curtir

  7. Renata Rodrigues

    Boa noite Nicole
    E fato a natureza tem mostrado toda a sua revolta..e força talvez seja um sinal de que nós seres humanos estamos e mto afetando a com nossa ganância visto que nao pensamos em nada p alcançarmos os nossos objetivos no que diz respeito a riqueza,o desrespeito e grande saimos destruindo tudo pela frente,invasões de grande escala enfim o que esperarmos de nós…nao valorizamos o que Deus nos proporcionou..nao e pq está la quer dizer que é nosso..mto triste a nossa realidade..me pergunto as vezes se nao estamos retroagindo virando primatas..so espero nao ser tarde demais para nós!!
    Fica c Deus..tenha uma boa noite.bj

    Curtido por 1 pessoa

  8. oi, Nicole. um tema muito delicado e sensível para reflexão e desdobramentos. penso, sobretudo, que é uma questão que envolve educação, cultura, comportamento, ética. integridade, etc. é um processo histórico esse de não cumprimento não apenas das leis como o achar que tudo é possível. por isso, se me permites discordar, não “somos (todos) uma unidade”. somos um coletivo que não sabemos viver com o coletivo. não gosto, por certo, de generalizar, mas o caminho é esse. a prevalência do individual sobre o coletivo. o não cumprimento das leis, qualquer lei, até o código de conduta, o código de trânsito, etc. hoje, há a naturalização dessas infrações. estão no dia a dia e são assimiladas pelo cotidiano. o nível de informação, tanto quanto o coletivo vive, é fragmentado, ou seja, a notícia é veiculada e em seguida entra o nascimento de um urso panda em algum zoo do mundo. é o suficiente para quebrar o pensamento e ele rumar para a beleza do ursinho. repito, é histórico e cultural. bom, aqui no sul, no Cassino acontece isso, os automóveis vão à praia. aqui entra um fator de época, chegava-se ao mar por automóvel e lá permaneciam. essa “cultura” permanece embora os tempos sejam outros e as normas também. não é da nossa natureza, de novo vou generalizar, “obedecer” tão facilmente algo como simplesmente parar à beira do mar. não convivemos em coletivo como humanos e muito menos com a própria natureza. nada é por acaso. tenho pensado muito – tempo não tem faltado – nesses meses em que da janela posso acompanhar a transição do quase lockdown à quase normalidade de hoje, ainda que por aqui os casos estejam aumentando e são graves. enfim, teria muito mais a escrever, mas comentários longos se perdem entre as palavras. muito bom ler textos que nos remetem ao pensar e com ele possamos rever muito do que estamos vivendo não apenas agora mas já há muito tempo. o meu abraço.

    Curtido por 1 pessoa

    1. É realizador quando um texto proporciona reflexão… meu objetivo aqui é esse mesmo: conversar e trocar ideias. Acredito que ninguém tem verdades absolutas sobre nada e aprendemos muito quando expandimos nossas opiniões.

      Levantei essa questão sobre carros na praia e outras pessoas me falaram sobre essa praia do sul! Não sabia! É realmente algo cultural e histórico. E entramos naquele ponto de mudar por que? Está ótimo assim.

      E o pior que acho em relação a esse caso das praias é que é aceito pelas prefeituras. Provavelmente porque é algo que os próprios políticos fazem também. Então não é conveniente proibir e fiscalizar.

      Você foi certeiro quando disse que não convivemos em coletivo como humanos, imagina com a natureza. Mas estamos aprendendo! Acredito que hoje a maioria tem consciência ambiental, mas a minoria consegue fazer um estrago grande. Abraços e cuide-se!

      Curtir

    1. Pois é, Pedro… e hoje descobri que tem praia do Rio Grande do Sul e no Maranhão que acontece o mesmo. Não sei se seria algo regulamentado pela prefeitura local. Talvez seja conveniente deixar como está, porque também pode fazer parte da cultura deles -aqueles que regulamentam e fiscalizam- colocar seus carros na areia.

      Curtir

  9. Daniel Takara

    Nicole, a questão do relacionamento com a natureza que você nos traz neste texto me lembra a sustentabilidade da população mundial atual e futura em relação à quantidade de recursos que a natureza nos oferece. Este ponto foi abordado como pano de fundo no livro Inferno, do Dan Brown, que estou lendo, no qual um dos personagens chega a dizer que a humanidade se tornou um câncer para o planeta, por já sermos o dobro de pessoas em relação à quantidade que seria ideal. Nossa evolução intelectual permitiu que melhorássemos muito nossa expectativa e qualidade de vida, mas, por outro lado, acho que isso nos dá a responsabilidade de ter consciência e pensar sobre as consequências das nossas ações sobre o mundo em que vivemos. Duro é que, na minha opinião, muitos aspectos da forma como vivemos a tornam não sustentável, como o uso intenso de plásticos e combustíveis fósseis, mas é muito difícil mudar isso. Como possibilitar que as pessoas utilizem menos plástico e combustíveis fósseis? Por outro lado, isso não nos dá a liberdade de pensar algo na linha: “Ah, não vou conseguir salvar o mundo sozinho mesmo, então que se dane, vou viver de qualquer jeito, fazendo o que me der na telha.” Seria exagero dizer que aqueles que não param para pensar “Que diferença faz parar meu carro na praia ou não?” são displicentes? Talvez sim, talvez não. Na dúvida, prefiro não parar.

    Curtido por 1 pessoa

    1. Amei sua análise, Daniel… tocou no ponto chave sobre nossa opção de vida não estar compatível com a sustentabilidade do planeta. E, além disso, o jeito mais fácil que é pensar: “só minha atitude não vai mudar nada”. Ou “todo mundo faz, um a mais não tem problema”. E aí viramos uma verdadeira bola de neve. Sobre os carros, tem o lado cultural e a falta de conscientização em relação a natureza. Como falaram nos comentários, muitos não percebem que quem depende da natureza, na realidade, somos nós. Pode ser que o colapso demore, mas estamos caminhando para ele. Tenho esperança nas novas gerações…

      Curtido por 1 pessoa

      1. Vejo mais diferença com crianças pequenas, tipo até uns 6 anos. Posso estar enganada, mas vejo eles muito espertos, atentos, com conversas mais evoluídas pra idade deles. Meu exemplo próximo é do meu sobrinho, mas os amiguinhos e outros pequenos da família são como ele. Questionam tudo, parecem já conscientes com a natureza… enfim, uma torcida!!

        Curtido por 1 pessoa

  10. É,eu também não sabia disso.Deviam fazer algum estacionamento,perto da praia.Será que não tem como?Os políticos inventam tantas coisas,por que não inventar uma forma dos carros invadirem as praias?Vi no jornal que no Rio vai começar um esquema de espaços restritos na areia.Nem sei qual o app,mas no jornal,foi informado que as pessoas fazem a reserva pelo aplicativo.Até a própria repórter falou se quando chegar na área reservada,se vai ter alguém no lugar.Sei lá…Acho que isso não vai dar certo aqui,não…Todo mundo acostumado com a praia para todos,sem divisão,será que as pessoas vão obedecer,ou pode ser causa de brigas na praia?O jornal disse que esse esquema segue a ideia da França.Mas a França é a França,já tem o esquema!Olha…Esses políticos,quando inventam alguma medida,não acertam uma!Vamos ver se isso vai dar certo!Tomara!Kkk!

    Curtido por 2 pessoas

    1. kkkkk eu também sou do Rio! E duvido bastante desse esquema dar certo. A praia sempre foi de todo mundo e um espaço de socialização, vamos ver. Europeu costuma ser mais fechado mesmo, deve ter sido mais tranquilo. E essa praia do Pará tem como as pessoas chegarem caminhando, o pessoal gosta de ficar com o carro perto porque ligam música, levam comidas e bebidas etc… é cultural lá!

      E vamos ver se dá certo esse controle no Rio, tb quero ver!!

      Curtido por 1 pessoa

      1. É,é lá também é bem frio,o que deve ajudar a eles serem mais fechados,mais encolhidos nos cantos,espaços reservados.Mesmo quando aparecem temperaturas mais altas,eles já devem ser acostumados com esse sistema.Aí,quando vêm para o Brasil,devem ficar todos encantados com o nosso modo livre de ficarmos nas praias.Como você falou,é cultural,as culturas, as condições climáticas e outras de cada lugar fazem muito pelo modo de ser e agir das pessoas.Talvez eles nem queiram mudar;como você falou,eles gostam de ficar com o carro perto,ligar na música,levar comidas e bebidas,etc.Voltando a falar de europeus,uma coisa que já reparei em filmes,mais em filmes norte americanos,que tem vezes que eles vão às praias de roupa.Roupas comuns,sem roupa de banho.Tudo bem que eles também usam roupas de banho e aqui também usamos roupas comuns na praia.Mas não sei,posso estar errada,mas não sei se temos mais o hábito de usar roupas de banho na praia,do que o estrangeiro.Talvez por causa da temperatura.Lá é frio quase o ano inteiro,não é?Deve ser pouco o tempo que é quente,lá.Talvez seja por isso que eles vão de roupa comum na praia.Aqui,quando está frio,acho que só quem está disposto mesmo é que vai à praia.Acho que aqui as pessoas vão muito mais com roupas de banho.Mas você falou das pessoas lá no Pará com os carros,músicas e outras coisas,me lembrou da Urca.Acho que você também,não sei,mas quantas vezes paramos o carro,ligamos o rádio do carro,levamos vara,anzol,tudo,de pescaria,e também revistas,sanduíches,biscoitos,às vezes cadeiras de praia e aquelas esteiras e colocamos naquela calçada,ou ficávamos dentro do carro,ou sentamos naquele muro,tomando cuidado com alguma barata que pudesse aparecer!Kkk!Era uma festa!Pensamos em voltar lá,ficar um tempo tranquilamente pescando,quando melhorar essa pandemia.Pescar lá,no nosso caso,não é pela obrigação de pegar peixe,é mais pelo prazer de ficar ali e,pegando peixe,melhor ainda!Mas lá nós sempre fomos de roupa comum.Lá embaixo,depois do muro,tem mais é pedra,e o mar,não é?Mas pelo jeito no Pará não é assim como na Urca,por exemplo,que tem a pista dos carros,a calçada,o muro,e o mar,lá embaixo,depois do muro.

        Curtido por 2 pessoas

      2. Aiii fiquei com muita saudade da mureta da urca! Eu adoro ver o por do sol lá! Também acho que temos mais hábito de ir à praia com roupa de banho, eu mesma acho que nunca fui de roupa normal. Até porque gosto de entrar na água.

        E sim é diferente a urca com o Pará porque tem a rua para parar os carros. E a urca também não fica barulhão e música de cada carro, pelo menos que eu lembre. É legal ver as diferenças, né? 🙂

        Curtido por 1 pessoa

      3. É,com esse vírus,nem tenho ido e,mesmo antes,não ia sempre,é meio longe da minha casa.O Rio é muito grande,um dia percebi,mesmo de carro e sem trânsito forte,que da minha casa até a Barra levou uns 30,40 minutos,quase uma hora.Só a cidade do Rio já é grande.Aí no Pará também é grande,né?Estou tentando lembrar pelo mapa do Brasil mas não estou lembrando bem,não!Kkk!Mas da última vez que fui à Urca,tinha bastante gente,por toda a mureta,conversando,curtindo.Também tinha algumas poucas passando por aquela calçada,que dá na mureta.Mas a maioria lá em pé mesmo.Também os pescadores mas o que tinha mais eram jovens ali,bebendo,batendo papo.Tem uma esquina,onde tem um bar,tinha bastante gente nesse pedaço e também na mureta,em frente ao bar.Nesse ponto,só o bar fazia esquina,do outro lado da rua.Deu para entender?Não sei se consegui explicar bem essa localização.Mas esse monte de gente estava mais no fim de semana.Dia de semana acho que tinha menos gente,não sei direito como estava todos os dias ali,não ia sempre.Aí tinha uma pessoa vendendo sanduíche e refrigerante,que ficavam dentro do carro.O porta mala é onde tinha as coisas de comer e beber e quem quisesse podia comprar com essa pessoa,que ficava fora do carro,o carro estacionado nessa calçada do muro.Mas que eu me lembre não tinha música ou se tinha,não era alto,não.Nesse bar que falei não lembro se tinha música.Ou seja,estava ficando um monte de gente mas era mais,que eu me lembre,as pessoas falando.Nesse bar vendia bebida e uns salgadinhos.Ou seja,pelo que imagino que seja aí,mesmo tendo o bar,bastante gente nesse espaço todo da Urca,o carro,não tinha barulhão alto de música,não.E quando eu era mais nova nem tinha esse monte de gente junto do muro,não.Nem lembro se tinha esse carro vendendo coisa e esse bar,não.Tinha menos gente no muro,tinha vários pescadores ao longo do muro.Teve uma passagem de ano que passei na Urca,não lembro se de 2017 para 2018 ou se de 2018 para 2019.Mas tinha muita gente na volta do muro,como eu e foi um espetaculo,ficar assistindo os fogos naquela volta toda,entende.Vários minutos de fogos ,mesmo que de vez em quando um ou outra sem noção quase passasse por cima,sou meio baixa,a pessoa querendo tirar foto nem via ninguém.Mas mesmo assim deu para ver.Neste dia,queria ir à Copacabana mas cheio de carro,de gente,os guardas tentando organizar a loucura,não deu,aí fui para a Urca e a minha surpresa é que deu para ver os fogos lá do muro e foi lindo.Mesmo tendo bastante gente,menos que na praia.Ainda não tinha visto na Urca,até agora foi a primeira e última,já vi uma vez da Lagoa,mas foram menos fogos e ainda não tive coragem de ver de Copacabana.E antes e depois dos fogos muita gente nas ruas,carros,uma coisa agoniante.Mas é um evento lindo e uma pena que provavelmente esta tradição não vá se repetir.Acho que pelo menos podiam colocar os fogos para estourarem nas balsas mas que as pessoas vejam em casa.Mas não estou sabendo o que vai ser,se vai ter fogos ou não,se vai ter a Árvore da Lagoa ou não…E aí no Pará,ja se sabe o que vai ter no Natal e no Ano Novo?

        Curtido por 2 pessoas

      4. É,acho que ninguém sabe como vai ser o fim do ano,em lugar nenhum.Também,a cada dia uma surpresa não muito boa.Além do vírus,olha quantas coisas já aconteceram e hoje que estou falando com você é o último dia de Agosto!Ainda falta um tanto para o fim do ano,mas não sei se as pessoas já estão se programando,o que fazer,o que comprar…

        Curtido por 2 pessoas

      5. Né?Com esse vírus o fim de ano pode ser bem diferente.Não sei.Mas geralmente eu passo Natal e Ano novo em casa,mesmo.Lembro desse Ano Novo na Urca e de um na Lagoa.Mas geralmente fico em casa.Às vezes aparecem fogos que dêm para ver da janela,às vezes só barulho dos fogos.Eu moro na Zona Norte.

        Curtido por 2 pessoas

      6. Quando ia antigamente e parava o carro na calçada da mureta e deixa a porta aberta e o rádio do carro ligado era só para mim ou para a família junto,não era nenhum esporro,não.Mas tem gente que põe até auto falante,anplificador no carro,para todo mundo ouvir,né?Mas acho que na Urca ainda não tem isso,não.Mas gostava mais da Urca antigamente,menos gente.Como falei,nas últimas vezez que fui já tinha muita gente.Mas mesmo assim deve ter um espaço ali para pescar,mesmo com bastante gente,até porque não sou eu que arruma as coisas,só seguro a vara,ou aviso se está mexendo!Kkk!Não sei se com esta flexibilização está tendo muita gente lá ou se os guardas estão “botando pra correr”!

        Curtido por 2 pessoas

  11. Mas sobre essa questão de restrição dos lugares na praia,não sei,para o meu gosto,aqui no Rio,prefiro como sempre foi.Tudo bem ser usado numa condição extrema,como a do vírus,mas se as pessoas naturalmente ocupassem a areia dando mais espaço umas das outras,será que precisaria desse esquema?Você vê,já tem até aplicativo,ou vai ter,não sei,para reservar lugar.Já vai virar é negócio.Essas ideias acabam vindo lá de fora,parece que em tudo eles arrumam uma forma de ganhar dinheiro.

    Curtido por 2 pessoas

      1. É,além dos políticos,as pessoas comuns também pegam as ideias e começam a usar,além de coisas lá de fora que entram e os políticos nem regulamentam e acabam deixando categorias que são tradicionais em desvantagens com novos negócios de tecnologia que entram sem quase obrigação nenhuma,por exemplo,os táxis e o Uber.Outra coisa que as próprias pessoas passaram a adotar,principalmente nas Olimpíadas no Rio,em 2016,foi alugar qualquer espacinho em suas casas,para turistas do Brasil ou do exterior.As pessoas pegavam qualquer cantinho e começavam a alugar,”até debaixo da cama”!Uma vez vi,não lembro onde,acho que foi num site, que principalmente os norte americanos têm o costume de alugar tudo,até os próprios bonés,tênis.Para quem aluga “até a roupa do corpo” pode não ter problema mas acaba sendo complicado para algmas categorias.Concordo com tudo o que você falou e acaba não ficando bom para todo e pode dar confusão tudo isso.

        Curtido por 2 pessoas

      2. Num país como o Brasil,que a maioria não tem muito ou não tem dinheiro nenhum,fica complicado para todos.Não sei como está agora mas a última que soube sobre esse sistema de reservar espaços na praia é que tinham voltado atrás na ideia e ia ter voto popular sobre isso.Não sei se já está em voto popular,não sei se a ideia vai ser aceita ou não e também não sei se esta ideia voltou a valer,sem voto.No momento não estou sabendo como ficou.

        Curtido por 2 pessoas

      3. Acho que por enquanto não está valendo, estou como você. Se começar mesmo, vai ter muita gente comentando na internet e descobriremos! Tenho visto alguns amigos colocando foto fazendo aulas na praia, então não devem estar restringindo espaço

        Curtido por 1 pessoa

      4. É,outro dia apareceu num jornal vários grupos na praia,com espaço grande entre cada um,e não sei se estava marcado,não.E mesmo assim os repórteres falando das pessoas na praia mas lembro de ter visto um grupo aqui,outro lá,tudo bem que cada grupo grande mas bem distante um do outro.Não me pareceu estar ruim.Para mim pareceu que cada grupo daquele que devia ser de famiares e conhecidos.A impressão que tive é que as pessoas estavam dando espaço grande na praia,mesmo com vários grupos grandes,mas separados uns dos outros.

        Curtido por 2 pessoas

      5. Tudo bem que a ordem deve ser não ficar na areia ainda,não sei como está a situação agora,mas se as pessoas naturalmente ficarem distantes,não sei se há muito problema,apesar que esse vírus deve pegar pelo ar e deve ser difícil ficar de máscara na praia.

        Curtido por 2 pessoas

      6. É aquela coisa,se dizia que a praia no Brasil é o lazer mais barato que tem,a pessoa vai e se não quiser não precisa pagar nada e fica curtindo a praia,a paisagem,se distraindo.Mas não sei se vai deixar de ser.Acho que já devem ter pensado como cobrar pelo ar que respiramos mas ainda não encontraram.Tanto políticos quanto qualquer pessoa.Já tem um sistema de ar mais puro que o próprio ar,engarrafado,mas acho que é uma coisa séria,para fazer bem a saúde,dar mais energia e disposição para as atividades do dia a dia e também para atividades esportivas,mas acho que não tem nada de tóxico e acho que é produzido,embalado mas chegar e cobrar pelo ar que respiramos,o tempo todo,acho que ainda não conseguiram.Mas calma que algum dia um gênio consegue e aí poderemos dizer que pagamos pelo ar que respiramos!Céus!Acho que essa seria uma enorme tragédia,a maior de todas,pagar para respirar
        !😱🤯

        Curtido por 2 pessoas

  12. E eu não sei se esse aplicativo é do governo ou se é de particular,os políticos também adoram arrumar mais uma forma de ganhar dinheiro do povo…O comércio eletrônico,não sei bem,ou vai ter uma taxa ou alguma taxa vai ficar mais cara,não sei,mas eles já estão sabendo que os negócios estão sendo muito on-line e,o que fazem,arrumam uma forma de ganhar dinheiro sobre isso também.Mas o negócio é que para muitos essa forma,pela Internet,foi a forma viável,porque,além de muitos comércios físicos já estarem em dificuldades antes do vírus,quando chegou,piorou.E os políticos arrumando uma forma de ganhar dinheiro sobre o que muitas pessoas puderam fazer,nessa crise de saúde mundial,que afetou todos os campos da saúde,física,financeira,mental,etc.Tudo bem que tem quem está só com os negócios na Internet,por necessidade ou como forma de terem mais lucro,mas também tem muitos que tiveram seus negócios físicos afundados e tiveram que partir para a Internet.Também tem os que até estão tentando manter seus negócios físicos,mas em paralelo com a Internet.Ou seja,os políticos tentando ganhar mais um pouco,também sobre os lucros das pessoas,na Internet.Desculpe,olha como a conversa vai,cheguei até nesse sentido,da Internet.Uma coisa leva à outra.

    Curtido por 2 pessoas

    1. Nem tinha pensando nisso! Provavelmente começaram a cobrar pelos serviços na internet, isso se já não pagam importo. Eu realmente não estou por dentro. O bom é que muita gente se reinventou com tudo isso é está se saindo muito bem com as novas formas de negócios!

      Curtido por 1 pessoa

      1. É,eu também não sei bem,talvez já tenha alguma taxa,algum imposto,não sei,para enviar para outro lugar.Não sei bem.Mas também não sei se vai ter mais imposto ao que já tem,não sei se vão cobrar por todas as formas de negócios,de pagamentos,na Internet há vários tipos,né?Não sei te dizer,apareceu uma notícia sobre isso mas não entendi bem e nem sei se está tendo alguma cobrança ou não.

        Curtido por 2 pessoas

      2. Tenho poucas obras em alguns sites que garantem de cuidar da parte das vendas mas até hoje não vendi.Agora uma loja virtual,acho mais complicado,não é só montar,tem a parte como se fosse uma loja física,mesmo.Para mim,acho que até precisaria de um contador para me orientar.

        Curtido por 2 pessoas

  13. Bom,não estou pensando no fim do ano para mim,mas já pensei no geral,no país,nos fogos,na Árvore da Lagoa,na pandemia,nas pessoas em casa,se vai ter mais consumo,mais falta de luz…Hoje a luz já piscou várias vezes,está aquele calor intenso de novo.É o que achei que ia acontecer,a gente sair daquele frio da semana passada para o calor todo de novo.Se teve um meio-termo,não percebi.

    Curtido por 2 pessoas

  14. Parece que há uma sinonia nos assuntos, mais uma vez encontrei um texto seu.
    Sobre o que virá depois das tantas demonstrações de cansaço, concordo com o Emicida: só muda para o bem quem já o tinha dentro de si.

    Curtido por 1 pessoa

Deixe um comentário