Já me senti desconectada de certos grupos algumas vezes. Essa desconexão vez ou outra acontece e vai desde ambientes formais até os mais informais. Temos nossas afinidades, presentes em pessoas e assuntos, que nos fazem sentir naturalmente mais próximos, leves, em sintonia com nós mesmos.

Faz parte não combinar com tudo e com todos. Faz parte sentir-se meio sem encaixe. É daí que saem grandes aprendizados. Imagina se a vida fosse feita apenas com o que gostamos e quem nos damos bem? Não dá, a gente cresce na diversidade de pensamentos, de estilos de vida, de olhares.

Tem vezes que é dolorido não se sentir fazendo parte, dá incômodo. Mas também é desse lugar que pode florescer o que realmente tem valor para si. No fim, é mais sobre nós do que do outro. A falta de pertencimento pode mostrar que é possível observar e aprender sobre nós, sobre o que nos faz bem.

Lembro de uma vez que não fui convidada para um happy hour restrito a um grupo de mulheres que tinham cargos comissionados em um lugar que trabalhava. Quando soube, senti um certo desconforto. Foi tudo organizado às escondidas. Eu falava com todas no dia a dia, só não tinha um cargo.

O incômodo não demorou muito e logo minha ficha caiu e me dei conta de como essas segregações são cafonas. Eu vi que nem me sentiria confortável em um grupo que se une a partir de crachá. Aprendi com esse e outros não encaixes que minhas conexões genuínas estão onde os sorrisos, os abraços e os afetos ocupam o primeiro lugar. Pra mim, eles chegam antes de qualquer coisa.

Como é para você?