Os pacotes

Quanto mais nos envolvemos em uma relação, mais pacotes da outra pessoa vão surgindo na nossa vida. E nossos pacotes aparecendo na vida da outra pessoa. Alguns pacotes são leves, fáceis de lidar, enquanto outros bem mais complexos e que demandam paciência, empatia e caras de paisagem.

Pacotes podem ser parentes sem noção, ex-alguma coisa que ainda não se desapegou, filhos que requer atenção e reajustes de rotina, mãe ou pai controladores e por aí vai. Fora os pacotes psicológicos que cada um traz consigo na bagagem. Relacionar-se não é apenas olhar para uma única pessoa, para o momento presente e deletar todo o resto.

Todo mundo traz outras pessoas e histórias na bagagem. Já escutei muitos casos de mulheres e homens que se afastaram dos seus filhos porque o(a) novo(a) parceiro(a) não aceitava a criança. Como isso é triste e bizarro. Além da criança (ou adulto) não ter culpa de nada, ela já estava ali antes. Por outro lado, existem madrastas e padrastos que saem melhor do que encomenda.

Relacionar-se não é ter a posse do outro. Aceitar aprofundar uma relação requer compreender que a outra pessoa tem uma história de vida que fez ela ser o que é hoje. Não dá para negar o passado, passar uma borracha e começar a vida do zero. Nem é justo.

Daquele pacote que, por algum motivo, não faz bem, um caminho é impor o próprio limite. É saber até que ponto é saudável ir, aceitar, viver. Se faz sentido incluir a pessoa e seus pacotes na caminhada. Escolhas assim valem para qualquer tipo de relação. Talvez seja mais sobre o que quer e até onde está disposto a ir do que se esforçar para impor uma vontade no outro.

Um beijo e até a próxima crônica!

Nicole 💛

Foto autoral. Borboleta da sorte / março, 2022.

6 comentários sobre “Os pacotes

      1. Oi, Nicole, saudade também. Vamos combinar um dia para um chá com bolo on-line.
        Por aqui alinha de um lado, desalinha do outro… A vida né? Desejo que esteja tudo em paz por aí também. Bjosss 😗

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