Se você ainda não assistiu o filme Divertidamente 2, por favor, assista. O primeiro também é ótimo e foi indicação da terapeuta que me acompanhava quando eu morava em Brasília. O primeiro filme trabalha muito o papel da tristeza e como olhamos para ela de forma negativa, não percebendo como é importante senti-la.
Assisti o segundo filme tem algumas semanas e, confesso, me identifiquei muito com a ansiedade, uma das novas emoções trazidas pela animação. Eu me vi tanto em algumas cenas. Tem uma, em específico, que não sai da minha cabeça. A ansiedade estava tão intensa que não deixava nenhuma outra emoção entrar. Ao mesmo tempo, a menina que sentia a ansiedade não conseguia olhar para além daquele círculo ansioso.
A ansiedade faz a gente olhar as coisas com uma lupa que aumenta demais a realidade. Hoje eu percebo como a ansiedade me deixa cega de vez em quando. Seja me fazendo sentir estresse, seja me auto sabotando, seja não me deixando enxergar com clareza.
E é na clareza que eu quero chegar. Quando estamos tão envolvidos em alguma situação da nossa vida, como a busca por um trabalho novo ou questões afetivas, às vezes nos deixamos dominar pelo bichinho da ansiedade e não agimos com clareza. Não conseguimos olhar para os lados.
E como dosar a intensidade que muitos de nós trazemos de berço com a calma para não se deixar dominar pelas emoções? Esse é um exercício diário. É perceber a nós mesmos e nossos pontos que precisam ser lapidados para olharmos para a vida com um pouco mais de gentileza. E para nós mesmos.
A ansiedade é importante para nos fazer mover, mas não para nos dominar. Quando ela passa, veja só, uma luz começa a entrar na sala. A gente respira fundo, deixa a brisa entrar e fala: calma, ansiedade, eu sei aonde quero chegar.
Com carinho,
Nicole
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