Eu amo meus vizinhos. A camaradagem dos meus vizinhos daqui nem se comparam às minhas experiências no Brasil. Curioso, não? Tenho algumas teorias para isso. Aqui nos Estados Unidos – pelo menos em Maryland, onde moro – as pessoas julgam bem menos e estão quase que zero preocupadas com a vida alheia. Isso tem prós e contras, claro. A cultura é individualista enquanto a nossa, brasileira, mais coletiva.
Entretanto, eu vejo mais genuinidade aqui, menos olhares críticos. E um senso maior de comunidade. Tem associação do bairro, capitã do bloco, festinhas para socializar e conversas casuais quando se cruza na rua. Quando minha filha nasceu, recebemos presentes de vizinhos que nem conhecíamos. Uma deu cartão com livro infantil, a outra um kit com brinquedos para a hora do banho e mais outra com um conjunto de colher para a introdução alimentar.
Eu era muito reativa – ainda sou às vezes. Eu precisei controlar meu olhar brasileiro (ou carioca?) de desconfiada até me deixar levar pela vizinhança. Hoje vejo a sorte que tenho de morar no meu bairro. Parece cidade de interior no meio da cidade grande. Um chama o outro para caminhar, para sentar no parque, para bater papo no portão. Isso nos Estados Unidos.
Talvez venha na sua mente aquelas casas grandes dos filmes com uma distância enorme uma da outra. Essa não é minha realidade – e nem quero. Nas cidades, como é meu caso, as casas são geralmente uma colada na outra, sem garagem e até um pouco apertadas. Isso faz com que mais gente more perto. É uma delícia e minha parte favorita de morar aqui. Incrível como são sempre as pessoas que moldam nossas experiências.
Meus vizinhos são tão queridos que praticamente ganhei todas as roupas que minha filha tem. Vários passaram as roupas dos filhos para ela. Eram tantos sacos lotados de roupas que mandei mais da metade para minha mãe doar no Brasil. Hoje mesmo: O frio está chegando com tudo e uma vizinha acabou de entregar roupas de inverno que não cabem mais no bebê dela. E eu nem falei que ainda estávamos nos preparando para o inverno.
E você? Ama sua vizinhança?
Com gratidão,
Nicole
Nicole,
Você tem toda razão. Vizinho é muito importante e pode fazer a diferença entre morar bem ou não. Vou me mudar em breve e tenho planos para criar vínculos com os moradores do prédio. Vamos ver se vai dar certo…
Abraços!!
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Estou na torcida! O bom de prédio é que as pessoas já costumam se reunir e se organizar melhor. Boa mudança! 🙂
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