
Conversar com alguém de um lugar totalmente diferente é um caminho sem volta. Um mar de perguntas: Como é a comida lá? Tem paisagens bonitas? E a política? As mulheres têm liberdade? E por aí vai. Imagina como fico quando falo com alguém do Irã. Sim, do Irã. Tenho um novo amigo que nasceu no país da cultura Pérsia.
São tantas faces, cores, gostos no mundo. Embora não more lá, ele é apaixonado pela terra natal. Sabe o idioma persa, cozinha pratos típicos, tem decorações iranianas em casa. A gente leva o que é nosso para onde quer que a gente vá.
Ele apresenta um Irã totalmente diferente da visão ocidental que nos é colocada pelas grandes mídias. Tem sorrisos, danças, cantos, artes. Claro, também tem caos. E algum lugar não tem? É sempre bom ouvir de quem vive ou ir para ver com os próprios olhos.
São tantas brigas por poder que dividem o mundo, já parou para pensar? E não temos clareza de nenhuma delas. Brigas que separam famílias, destroem sonhos, desencorajam mudanças. Todas, quase sempre, por dinheiro. Quando era pequena questionava a razão de precisarmos usar dinheiro.
Não seria mais simples todos usarem suas habilidades e compartilharem mundo a fora? Esses papéis rasgam tão fácil e, por outro lado, controlam tanto tudo. Mas há algo no universo que fronteiras e poderes são incapazes de apagar: o amor. É tão bonito o diferente.
Você conhece algo sobre o Irã para compartilhar?
Foto autoral. Jantar com pratos da culinária do Irã / Novembro, 2020.
Leia também: A beleza dos choques culturais.
Bom dia, Nicole!
Eu acho interessante essa questão dos encontros, quer dizer, por que encontramos novos amigos???
Eu acho que a resposta é complexa, que vai desde razões místicas a questões de afinidades. Você já pensou nisso?
Em relação ao Irã, além das notícias que saem na mídia, alguns anos atrás, eu assisti a um filme iraniano em um cinema alternativo. O nome do filme era “Onde fica a casa do meu amigo?”, de 1987, do diretor: Abbas Kiarostami (Censura 16 anos).
O filme era a história de um menino que pegou o caderno de seu amigo por engano e tenta encontrá-lo para devolver o caderno. Nessa busca, os telespectadores descobrem um pouco da cultura iraniana. Infelizmente, como não tenho boa memória, não me lembro de muitos exemplos. Mas achei fascinante essa questão da honestidade em devolver o caderno do amigo para que ele não ficasse prejudicado na escola. Achei interessante também ver a seriedade com que é levada a questão escolar.
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Legal pensar sobre isso, Alex! Sobre os encontros da vida. Nenhum é por acaso, né? Aprendemos – com sorrisos ou lágrimas – com cada pessoa que passa pela nossa vida.
Curti essa dica de filme! Vou procurar para assistir. Filmes é outra forma boa de viajarmos para novos lugares. Obrigada pela dica! 🙂
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De nada, Nicole! 🙂
Fico contente de saber que você gostou da dica de filme. 🎥
“Aprendemos com sorrisos ou lágrimas.” É a mais pura verdade! Concordo plenamente com você.
Obrigado por partilhar a sua sabedoria comigo.
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Se eu não me engano, a censura do filme que eu indiquei é livre. Porém a fonte que tenho diz que é 16 anos. Fiquei em dúvida.
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Oi Nicole. Trago comigo essa curiosidade em conhecer outras culturas. Viajar e absorver tudo é retornar enriquecida. A leitura me leva a lugares que não posso ir. Filhos do Jacarandá, de Sahar Delijani é um belo exemplo da boa literatura iraniana.
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Obrigada pela dica, Roseli! Vou já pesquisar aqui. Boa forma de viajarmos é através dos livros. Beijo grande!
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Com certeza Roseli seria mais fácil e melhor “todos usarem suas habilidades e compartilharem mundo a fora” tenho este pensamento. Pena que não são todos. Complicado o que poderia ser simples. Gostei do seu texto. Abraços
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Sim, Bia! Quem sabe daqui umas centenas de anos o simples vira uma realidade. Tenho essa esperança, de vez em quando. Abraços e obrigada pelo carinho!
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Que legal, Nic!
Nunca tive contato com a cultura do Irã.
Os estereótipos de um lugar em sua grande maioria não representam o que é realmente o povo, nós mesmos, muitas vezes, somos vistos lá fora de maneiras muito diferentes da realidade. E descobrir tudo mais de perto é sempre sensacional ❤️
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Nem fala, Gabi! Brasileiro é muito caricaturado no exterior, principalmente nós mulheres. Bom que nas andanças podemos mostrar que temos muitas outras coisas boas! Lembro do seu texto com a professora alemã, você também adora essa imersão nas histórias de vida. Beijos!!
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Sim, eu gosto mesmo. Acho incrível conhecer outras culturas e acho ainda mais incrível como podemos ser tão diferentes uns dos outros e ao mesmo tempo tão parecidos!
Beijos 😉
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A maior lição que tirei das minhas andanças é de como existe gente boa no mundo. Apesar das diferenças e conflitos, estamos cercados de gente de bem|
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Sinto a mesma coisa. Tem muito mais gente boa do que má. É que os bons não fazem barulho…
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Conheci alguns poucos iranianos e senti a mesma visão que você. Antes, as mulheres tinham mais liberdade. Eu acho um povo de feiçöes bonitas.
Eu gosto muito do cinema iraniano e fiz um post sobre um filme. Tb conheço uma música em persa, mas não a achei na minha playlist. Se eu lembrar o nome, escrevo aqui.
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Eles são bonitos mesmo! Preciso conhecer o cinema iraniano. Vou procurar esse filme que o Alex indicou. Pode me passar o link do seu post? Se lembrar da música, me avisa também. Obrigada 🙂
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O filme é: https://omiaudoleao.wordpress.com/2019/06/27/onde-e-a-casa-do-meu-amigo-o-filme/
Há um outro q concorreu ao melhor filme estrangeiro e retrata um casal em separação.
A música é Omid do Thievery Corporation: https://youtu.be/eLjXne7H_bU
Diga-me o q achou.
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Vou assistir o filme hoje! Adorei a resenha. A música é muito boa e é a voz de uma mulher, né?
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Sim, a voz é feminina. O Thievery Corporation é uma dupla, e se não estou em erro, um deles é brasileiro. Eu não sei o nome da cantora para esta música. Eles gravaram um álbum muito interessante chamado Saudade q está no YouTube.
O outro filme que falei chama-se A Separação (2011), mas o primeiro filme que indiquei é do maior mestre do cinema iraniano, e se não estou em erro, sua filha seguiu os passos do pai.
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Uma das coisas que mais me fascinaram na minha estada em Vancouver, foi a oportunidade de conhecer e de conversar com pessoas de diversos países. Conversei com um rapaz, que eu não lembro se era do Irã ou do Iraque. Lembro que morava perto da fronteira entre os dois países e ele me disse que era um lugar tranquilo.
Acredito que o Irã seja um lugar melhor do que a imagem que temos na nossa visão ocidental, mas, talvez, não seja tão bom quanto o teu amigo te disse, especialmente para as mulheres, após a revolução islâmica! Quase sempre que nos deparamos com duas versões tão antagônicas, é provável que exista uma terceira, mais realista. Mas isso não invalida a percepção, que eu também tenho, de que o Irã um país que vale muito a pena conhecer, pela história, pela cultura, pela arte e pelo povo, hospitaleiro e amável com os turistas!
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Sem dúvidas, Hudson! Concordo plenamente… e meu amigo concorda em relação ao conservadorismo e à falta de liberdade das mulheres. Ele nem recomenda que mulheres façam viagens sozinhas pra lá. Principalmente em relação aos direitos que as mulheres já conquistaram aqui, lá se torna complexo e muito distante da nossa realidade. Tenho vontade de conhecer alguma mulher jovem iraniana, aí dá pra fazer várias perguntas!!
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Republicou isso em Nossa vida de cada dia….
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Obrigada por compartilhar! 🌻
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Obrigada por compartilhar!!
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