Outono, equilíbrio e cura

É incrível como, sem nem perceber, atropelamos a vida. Pois é. Estou começando a acreditar que não é a vida que atropela a gente, somos nós que a atropelamos. O filme Divertidamente 2 mostra bem isso com o furacão da ansiedade. Ela nos cega de uma forma tão intensa que por vezes nem notamos para onde estamos indo ou o motivo do que estamos fazendo.

Tenho saído para caminhar com minha filha praticamente todas as tardes e, num dia desses, sentei no banco do parque com ela, olhei para o céu e para os lados. Estava uma paz tão grande. Quase ninguém no parque num dia tão lindo. Me peguei pensando que essa está sendo a primeira vez que vejo como as tardes de outono são tão agradáveis.

Aonde eu estava nos outros outonos que não tinha me atentado para isso? Só pensava nas folhagens marrom e amarelas, que eu tirava uma foto aqui e outra ali e era isso. Não lembro de nenhum dia em que caminhei por caminhar, só desfrutando e agradecendo pelo dia bonito. Eu estava ou trancada em casa trabalhando ou no trabalho.

Eu estava totalmente mergulhada no trabalho sem nem me atentar para o dia lá fora. Quando eu via, já era noite. Eu podia ter me dado 10 minutos de caminhada ou 5 minutos de pausa. Mas, não, eu me deixei ser engolida. Eu gostava do que estava fazendo, que era trabalhar com refugiados e imigrantes dos mais diversos países, não me entenda mal. Meu ponto aqui é: por que raios eu não tive um equilíbrio?

Dá para mergulhar de cabeça em projetos e curtir os dias de outono, dá para se entregar de coração a algo e se permitir uma pausa, dá para fazer o que precisa ser feito e fazer o que traz tranquilidade ao coração. Equilíbrio é realmente tudo. Não sei explicar muito bem, mas esse outono está me trazendo cura.

Com carinho,

Nicole

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