Seu amor pode mudar o mundo

As eleições costumam ser um momento de disputa, brigas, imposição de discursos e, claro, mentiras. E ninguém consegue fugir, a não ser que fique isolado em um lugar sem ninguém por perto e sem qualquer meio de comunicação. Caso contrário, pelo menos um vídeo de vereador cômico você vai receber no whatsapp.

Apesar de tudo isso e mais um pouco, é com nosso direito/dever de voto que podemos iniciar alguma mudança. A estrutura política está falida? Sim, também acho. Entretanto, é essa que ainda temos. E o que norteia nosso voto?

Participei de um encontro da Unitarian Universalist Congregation of Columbia e, no contexto das eleições dos EUA, eles estimularam as pessoas a votarem no amor. Seu amor pode mudar o mundo, falaram. Não é que é mesmo? Se a maioria de nós votasse com base no amor, teríamos menos preconceito, homofobia, racismo, machismo, desigualdade, corrupção.

Entramos sem perceber no cabo de guerra e esquecemos a maior lição: só o amor transforma. Ele envolve todo mundo, ninguém merece mais e outros menos. Ninguém é melhor ou pior. Ao colocar um número na urna, temos a chance de mudar vidas.

Podemos dar saúde e educação para alguém que não tem acesso. Ou levar luz e água para uma região que ninguém está vendo. Ter um ônibus que leve as crianças da área rural para a escola pública da cidade. Conseguir leis que estimulem a tolerância. Podemos proteger nosso meio ambiente, nossa cultura e nosso povo. Nós podemos, com amor.

Você não precisa fazer tudo, mas todo mundo pode fazer alguma coisa.

Leia também: Extremismos só criam abismos entre nós.

Foto autoral. Flor da Chapada dos Veadeiros / Goiás, 2019.

30 comentários sobre “Seu amor pode mudar o mundo

  1. Nos concentramos tanto nas propostas e partidos, que são somente o meio, e nos esquecemos da finalidade disso tudo. Que é criar um mundo melhor para nós e as novas gerações.
    E no meio de toda essa briga até esquecemos o diálogo, que é tão importante pro amor acontecer. Muito bom os dois textos, Nicole!

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  2. Renata Rodrigues

    Seria tão bom se o amor fosse a proposta principal…mas ainda esta longe de acontecer…é uma utopia….mas acredito que o amor é a base de tudo,remédio para a cura de nós seres humanos!!
    Crer e poder..ainda que seja difícil
    Parabéns novamente pelo excelente texto…abençoado dia Nicole.fica c Deus…bj

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  3. mariogordilho

    É isso! Só o amor constrói. Mas desde há alguns anos, não apenas no Brasil, a humanidade decidiu construir, ou reconstruir, ou destruir (depende do ponto de vista) as nossas sociedades. No Brasil, desde o episódio do mensalão, votamos guiados pelo ódio, culminando no que estamos vivendo hoje. Nos EUA se dá o mesmo desde Trump. E esse ódio tem uma capacidade enorme de propagação. A decisão esdrúxula de ontem, a do “estupro culposo”, certamente foi tomada com base no ódio, em defesa dos tais bons costumes, da família cristã. Uma deturpação total da mensagem do Cristo. Por outro lado, vejo como necessária essa fase de ódio espalhado pelo mundo, pois é nas adversidades que enxergamos o óbvio. Precisamos de um expurgo de almas, uma renovação. E é nesse caminho que estamos, creio eu. Infelizmente, esse caminho as vezes é muito longo, consome todo nosso período de existência física, passando uma falsa impressão de que Deus está de folga. Não está e nunca esteve. Tudo a seu tempo. E no fim, a certeza de que o amor prevalecerá.

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    1. Caramba, Mário! Nem fala sobre o caso do “estupro culposo”, ainda estou digerindo. Não consegui nem escrever sobre isso ainda. Ótimo exemplo que você deu. Também acredito que esse “copo sujo” está assim porque a água limpa está entrando. Pode ser que demore pra sair toda a sujeira, mas está acontecendo. Beijos!!

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  4. Vivemos tempos estranhíssimos, em que votamos contra quem não queremos, e não em quem gostaríamos, mais por ódio e aversão do que por convicção. Que a gente recupere a capacidade de escolher quem a gente acredita que vai melhorar a situação!

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  5. elcieloyelinfierno

    Ótima proposta! Mas sabe; primeiro devemos nos levantar pacificamente e manifestar que amor é misericórdia, benevolência, humildade, que aqueles que nos governam pensam que estão onde estão por nosso sufrágio e não para serem parceiros despóticos e corruptos de interesses de corporações nacionais e supranacionais. Até que somemos todas as nossas ilusões de justiça e misericórdia, será uma utopia. Uma calorosa saudação.

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      1. elcieloyelinfierno

        Oi, nicole; Portanto, devemos parar de ser tão passivos e ser corajosos de uma vez por todas! Existem muitas outras alternativas, à medida que lideravam multidões, personagens como Ghandi e, em menor medida, Mandela. Um grande abraço para liberar endorfinas!

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  6. Hudson José Capanema

    Tema complicado! O teu blogue é o único espaço em que eu me arrisco a fazer algum comentário sobre esse assunto!
    Sempre fui otimista e, mesmo nas adversidades, sempre procurei tirar algum aprendizado. Mas confesso que não consigo ser otimista em ver prevalecer o voto no amor!
    Vejo que a polarização, o extremismo e a intolerância só aumentaram de 2018 para cá! Tudo é politizado, até mesmo acontecimentos que, na minha humilde opinião, passam longe do contexto político, como é o triste caso do “estupro culposo “, posto que fatos da espécie nos atormentam e nos entristecem há décadas, alimentados pela impunidade decorrente de leis brandas e de um judiciário vergonhoso e, evidente, da total ausência de valores das pessoas que cometem essas atrocidades.
    Vejo tantas pessoas falando de amor, mas só conseguem ver ódio nas pessoas que pensam diferente delas (em ambos os extremos)!
    Peço muito a Deus para estar errado e que possam surgir políticos comprometidos com os anseios da população e pessoas dispostas a votar com amor, ou seja, pensando no que é melhor para a coletividade e não nos próprios interesses!
    Parabéns, Nicole, por conseguir, sem arredar um milímetro de tuas convicções políticas e de seus valores, absolutamente legítimos, cultivar e semear o verdadeiro amor entre as pessoas! Bjs

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    1. Que bom que aqui vc se sente livre para se expressar! Eu te entendo completamente, todos os lados são extremos. E o erro já está aí: dividir em dois lados. Isso é bom para quem?

      Sobre esse caso horrível da Mari Ferrer, meu pai comentou comigo que achou um absurdo. E minha reação foi: “Nossa, finalmente concordamos com algo”. E eu confesso que fui reativa, achando que ele levaria para o lado político. Como vc disse: não tem nada a ver. Enfim, vamos torcer e fazer nossa parte para diminuir o extremismo! Assim eram nossas boas conversas no cafezinho!! Bjoss

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  7. Oi Nicole, gostei muito do teu post, votar com amor, é o que falta sim nestas e em todas as eleições, e li o teu post pelo Whatsapp a um amigo.
    Recebi um pedido de uma candidata para passar seu programa pelo Whatsapp, neguei, porque não gosto de política, e acho que o Whatsapp é para momentos pessoais, e se quisesse passar o plano de governo, conversava no privado comigo, pelo Facebook, poderia passar por ali e não o fez.
    O voto deveria ser facultativo.

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  8. Bruno Morais

    ‘Você não precisa fazer tudo, mas todo mundo pode fazer alguma coisa.’ Levarei comigo!

    O amor vem salvando o mundo, que ele seja sempre eleito. Beijos!

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