Já ouviu falar das comunidades quilombolas?

A primeira vez que eu tive algum contato com comunidade quilombola foi em 2017, em uma viagem que visitei cachoeiras na região da Chapada dos Veadeiros. A comunidade Kalunga é um dos maiores quilombos remanescentes do Brasil. Até então, eu não fazia a mínima ideia de que existiam territórios do tempo da escravidão no país.

Naquela época sombria, que falamos tão superficialmente nas escolas, negros e negras se escondiam em terras distantes em busca de liberdade. Essas terras ficaram conhecidas como quilombos e hoje existem no Brasil mais de 3000 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares.

São netos, netas, bisnetos, tataranetas vivendo nas mesmas terras daquelas pessoas que passaram anos lutando contra os trabalhos forçados e a violência. Na comunidade Kalunga, vi casas feitas de barro, argila, palha. Também vi a pobreza e como existem brasileiros invisíveis para grande parte da sociedade.

Dia desses ouvi falar da história do território quilombola de Alcântara, no Maranhão. A famílias estão correndo o risco de serem expulsas de suas terras por causa do acordo entre Brasil e Estados Unidos para utilização comercial do centro de lançamento aeroespacial do município.

Tornar outra pessoa invisível e descartável me incomoda. Me incomoda passar por cima das pessoas com o argumento de “desenvolvimento” ou “para o bem da economia”. Quem se beneficia com a exclusão? Não quero deixar de lado a realidade do Brasil, por isso venho lembrar. “Precisamos conhecer a nossa história para nos situarmos no mundo”.

Para saber mais, recomendo o documentário “Quilombos do século XXI”, disponível aqui.

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Foto autoral. Azul, verde e rosa / Junho, 2021.

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