Toxidade dos outros é refresco

Foto autoral. Primeiro mar do ano / janeiro, 2022.

Está meio na moda dizer que fulano é tóxico ou que precisamos nos afastar de situações tóxicas. Eu mesma já disse isso algumas vezes. É como se só tivesse algo torto do lado de fora, nas outras pessoas. Nós? Alecrins dourados sem toxidade nenhuma pregando a paz mundial nas relações humanas.

Só que não. Há toxidade em nós também. Em alguns, mais trabalhada em terapia, autoconhecimento ou conversas de bar. Em outros, mais intensas, sem véus ou máscaras para disfarçar. Minha ficha sobre comportamentos e pensamentos tóxicos que existem em mim caiu na semana do Natal.

Não sei se é culpa de algum posicionamento planetário ou algo do tipo, para quem acredita nos astros, mas eu me vi desnuda. Eu me vi alimentando pensamentos sabotadores, egoístas, julgadores. Eu me vi repetindo padrões que não quero repetir, que sei que fazem mal para mim e para as pessoas que amo.

Foi então que parei. Conversei comigo, escrevi o que estava pensando, tentei entender porque estava com tantos pensamentos limitadores. Acredito que somos nossas melhores amigas. Se a gente não se entender, quem vai entender a gente? Depois da conversa, me senti leve.

Reconheci minha toxidade, o ser humano cheio de falhas e medos que sou. E reconheci que as outras pessoas também são seres humanos. E, talvez, antes de qualquer atitude de julgar a toxidade alheia, cabe olharmos para nós mesmos e nos perguntar: será que não sou eu a pessoa tóxica?

Obrigada pela sua leitura e um ótimo 2022!

Com carinho,

Nicole

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