Eu sei, eu sei. Estou sumida. Sabe quando a vida fica tão ocupada que você não consegue nem parar para pensar? Pois é, aconteceu comigo. Não é a primeira vez e, sem dúvida, não será a última. O lado bom disso é que mais histórias podem ser contadas. Afinal, precisamos viver ou ver para contar, não é mesmo?

Já tem quase um ano que não coloco os pés no meu país, como comida boa de verdade, vejo minha família e amigos, vou ao samba, sento num boteco, converso na minha língua… Ah, são tantas saudades que não cabem em palavras. O tempo voa. A vida de quem escolhe ir é uma bipolaridade de sentimentos.

Escolher ir para outro país nem se fala. Há um mundo mágico para aqueles que gostam de experimentar o novo: idioma, comida, cultura, gente, história, arquitetura. Tudo completamente novo. É muito rico se aventurar em um ambiente completamente diferente daquele que viemos. Mas não é nada fácil. Engana quem diz que é.

A adaptação vai desde conseguir abrir uma conta bancária até validar sua carteira de motorista. São pequenas burocracias que parecem não acabar nunca. E tudo praticamente começa do zero. É como se iniciasse a própria história do zero. Demanda energia, tempo, paciência. Dá nervoso, estresse, frustração.

E é por isso que a pausa por aqui se fez necessária. A vida pediu que eu mergulhasse a fundo nesse desafio novo que vira e mexe faz com que eu me pergunte: Será que vou dar conta? Surpreendentemente, eu tenho visto que posso muito mais do que eu imaginava.

Me conta: Como você está? O que você gostaria de saber? Qual história gostaria de ouvir?

Com saudades,

Nicole