Nosso olhar sobre os mais frágeis

Hi! Are Brazilians ok with president Bolsonaro cutting down the Amazon forest? Foi a pergunta que uma amiga recebeu no whastapp semana passada. Ela disse que não sabia o que responder. E eu idem.

Além do desmatamento desgovernado, que acontece como se ninguém estivesse vendo, quero refletir sobre outro aspecto: o coronavírus está avançando nas comunidades indígenas.

Sei que há complexas questões envolvendo os índios, mas devemos urgentemente olhar para eles – especialmente para os que vivem em territórios indígenas ainda isolados.

A maioria de nós está na realidade urbana em que temos fácil acesso a tudo. Se para quem mora no Rio, Recife, Manaus etc. ter serviços de saúde não é simples, imagina para aqueles que vivem no meio da Floresta Amazônica?

Muitos questionam que é uma escolha deles. Sim, assim como é uma escolha viver dentro de um apartamento, de não ver a luz do sol enquanto trabalha, de não ouvir o som da natureza. Cada um elege o próprio caminho – ponto questionável quando pensamos em equidade -, mas não significa que uns têm mais importância que outros.

Para mim, foi triste ler uma reportagem em que abordava a disseminação do coronavírus em aldeias e o risco de culturas serem dizimadas da humanidade. Eles são a origem. Eles carregam histórias e ensinamentos ancestrais.

Sobre o que podemos fazer para ajudá-los, eu realmente não faço ideia. Sigo escrevendo… E levando o tema para as rodas de conversa, como essa nossa.

Publicado en español por Masticadores de Letras, miralo aquí.

Foto autoral. Paisagens do Pará / Brasil, 2015.

10 comentários sobre “Nosso olhar sobre os mais frágeis

  1. Lembro que antes da pandemia, tinha começado a pensar em ir logo ver a Amazônia, antes que acabe. Assim como a gente pensa em assistir o show de um artista que pode morrer logo… triste e ao mesmo tempo, cada dia mais próximo 😦

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  2. Bom dia Nicole… sempre me deparo com a mesma pergunta: o que posso fazer para ajudar?! Em uma música sobre a guerra da Síria eu escrevi: “…faça um verso, uma oração ou uma carta a ONU de boa vontade”. Acho que é isto mesmo… levar o tema para as rodas de conversa, denunciar o momento, levantar a nossa voz. Seu texto é maravilhoso, é uma oração que se junta a de muitos brasileiros com o olhar atento a estas negligências. Um grande abraço!

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    1. Bom dia, Sandro! Que lindo esse trecho da música. É isso: temos que agir dentro das nossas possibilidades. E o principal é aprimorar a nós mesmos para agirmos em direção ao bem. Fiquei muito feliz pelo elogio ao texto! Sinal de que ele cumpriu o objetivo. Ótima sexta-feira pra você! Um abraço 🌻

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      1. O momento que vivemos hoje nós traz muitas exigências em nível pessoal, coletivo e de Estado, pelo governo da hora. A começar por construção de uma “nova” consciência, que se estende ao coletivo e sobretudo ganhar corpo para fazer com que haja políticas de Estado que alcancem os mais vulneráveis. Um ponto essencial é compreender – todos – que a atual situação se alongara pelo tempo seja em nível de saúde seja pela aspecto econômico. Cada um fazendo a sua parte é sem dúvida um passo adiante. Conseguiremos como coletivo? Não sei, quero acreditar que todos os concientes em algum momento terão “consciência” da força que possuem para a transformação necessária. Bom ler reflexões que pensam ã frente. (Isso tudo significa Amazônia, povos indígenas, moradores de rua, desempregados, etc. que são nossos iguais em todos os sentidos). O meu abraço.☮️

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      2. Eu fico muito feliz quando vejo como tem pessoas como você. E esse espaço aqui realmente é especial. São muitos escritores e leitores conscientes, visão de mundo, solidários. E acredito que os conscientes estão começando a notar o potencial e responsabilidade que possuem para transformar. Muito obrigada por essa esperançosa mensagem!

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