
Desde semana passada, os Yanomami têm aparecido no meu feed do twitter e em sites de notícias que acompanho. Nunca tinha ouvido falar sobre eles e li as matérias para entender o que está acontecendo. Compartilho aqui para refletirmos juntos.
A Terra Indígena Yanomami abrange aproximadamente 9,6 milhões de hectares na fronteira entre o Brasil e a Venezuela. São mais de 26.000 indígenas vivendo em mais de 300 aldeias, algumas em isolamento voluntário.
O problema é que os Yanomami estão vendo sua cultura, sua segurança, seu povo e suas terras serem cada vez mais ameaçados pelos brancos. Foi a partir de 1910 que começaram a ter os primeiros contatos com garimpeiros, caçadores, militares e viajantes.
Desde então, vira e mexe, sofrem graves surtos epidêmicos e assassinatos por garimpeiros que invadem suas terras em busca de ouro. Agora, os Yanomami também estão sendo atingidos pelo coronavírus (Covid-19). E tem mais.
Em meio à pandemia, seus ritos culturais estão sendo violados, assim como sua dignidade humana. Dois bebês Yanomami foram enterrados em Boa Vista sem a autorização das famílias. Suas mães não sabem aonde seus filhos foram enterrados e ninguém tem certeza se eles estavam com coronavírus.
Os Yanomami têm ritual próprio para quando alguém da comunidade diz adeus. As mães dos bebês Yanomami seguem lutando, mesmo sem falar Português, para levar os corpos de seus filhos de volta para a Floresta Amazônica.
Antes o problema da sociedade fosse apenas um vírus.
Publicado en español por Masticadores de Letras, miralo aquí.
Foto autoral. Flor de Brasília dedicada aos Yanomami, 2020.
Você, tão sensível com os “outros” raridade hoje em dia.
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Todos devem viver com dignidade, né? 🙏🏻❤️
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Com certeza! ❣️🙏🏼🌻
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A questão indígena até os dias de hoje é aflitiva pelo descaso com que é vista e sobretudo tratada. Seres únicos em sua natureza, não são respeitados ou são invisíveis aos olhos da maioria da população. Hoje, o desejo de explorar suas terras assim como a Amazônia é o início do fim que precisamos, urgente, estancar. A pandemia traz sua vulnerabilidade diante de nós. O Milton Nascimento gravou, década de 90 penso, um disco sobre os povos indígenas após ter passado um tempo com eles. É hora de pôr Txai na roda musical. Quem sabe a consciência em relação a eles muda. Oportuna e essencial reflexão. O meu abraço.
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É triste olharmos o que estão fazendo com a Amazônia e os indígenas. É muita covardia. E tudo por um dinheiro que vai para o bolso de meia dúzia. Acredito que muitas pessoas estão começando a olhar com atenção para essa situação, principalmente estrangeiros. O que é triste, porque temos chance de perder o “controle” da Amazônia. Mas quem mandou não cuidar, né? Abraços e ótimo dia!
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É tudo tão absurdo que nem parece real. Eu fico realmente chocada com certas atitudes, parece que as pessoas não aprendem com a história. Ler um texto assim, faz parecer que são de histórias antigas, daquelas que aprendemos na escola. É difícil de acreditar que seja uma realidade em pleno 2020. Continuamos repetindo os mesmos erros infinitamente
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E o pior é que eles sofrem com essas maldades desde sempre… Mas agora que estamos parando para refletir sobre isso. Estou torcendo muito para que as coisas se transformem para melhor, caso contrário o futuro está feio!!
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Como não faz parte da realidade de muitos é muito fácil a gente esquecer que esses problemas existem. Mas vamos esperar pelo melhor 🙏🏻
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Escrevi sobre isto esta semana Nicole, em meu poema, pragas. O vírus é só uma delas que nos assolam…
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Infelizmente, Estevam! O vírus é só um grão de areia.
Escrevendo sobre isso já é uma forma de colocarmos o assunto em discussão, né? Bom final de semana!
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Para você também… Paz e Bem!
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