Pavor de agulha e o corona

Desde pequena, sempre tive pavor de agulha. Acho que só perco para o meu irmão, ele adorava um escândalo na hora de ser espetado. Mas, embora a gente sempre fizesse o maior drama do século, nossa mãe ignorava solenemente e não deixava uma agulhada ficar em atraso.

Para você ver como tenho calafrios, lembro de várias cenas da infância em que eu estava no posto de saúde sendo vacinada. Interessante como algumas memórias ficam marcadas. Teve o dia da BCG, da tetravalente, do sarampo, da hepatite. Minha carteirinha estava sempre em dia.

Já adulta, apesar de continuar com medo de agulha, segui atenta à saúde e organizando minha própria imunização. Em 2008, o Brasil teve um surto de casos de rubéola e, com as mãos suadas e geladas, coloquei meu braço para fora. Também foi assim com a vacina contra HPV e febre amarela.

É angustiante a sensação da espera depois que a pessoa passa o algodão com álcool na minha pele. Daquelas tensões que vale a pena viver, sabe como é? Nunca tive essas doenças e também ajudei a não espalhá-las para pessoas que não podem ser imunizadas.

Nesse novo ano que está começando, aguardo minha vez na fila. Foram milhares de cientistas, universidades, laboratórios e pesquisadores, de diversos cantos do mundo, unidos para frear um vírus que virou nossas vidas de cabeça para baixo. Com medo e esperança, espero por ela: a vacina contra o corona.

Qual sua história com vacinas?

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Foto autoral. Segundo pôr-do-sol de 2021 / Janeiro.

29 comentários sobre “Pavor de agulha e o corona

    1. Filipa, acredita que nunca doei sangue por causa desse medo? Sou tipo sua irmã.. Me dá até gastura imaginar ficar sentada muito tempo com o sangue saindo! Mas é algo que está na minha lista de deveres, assim como doar medula (que tira bem pouco sangue)…

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  1. Renata Rodrigues

    Bom dia
    Confesso que na infância o medo tbm me fazia compania,mas mesmo com ele ia tomar as vacinas,penicilinas etc..
    Mas perdi o medo ao mw tornar mãe..pq temos que dar força aos nossos..meu filho sempre cooperava para o caus total…era de derrubar o hospital…tendo que vir 2,3 profissionais da saude para auxiliar na aplicacao da injecção kkkk onde ele pedia para que eu nao deixasse fazerem isso c ele mas mesmo me partindo o coração sabia que era para o seu bem…entao eu o segurava firme entre as pernas e dizia a enfermeira…moça pode ir …vamos acabar logo com isso…se ficarmos a esperar que ele se acalme nao sairemos daqui.e assim foi…injeccao e um negócio complicado de deixar qquer adulto e criança com medo mas e algo necessario…mas quanto a vacina contra esse vírus que nos assola..confesso que nao irei toma la nao e por medo e mais uma questão de alergia visto que nao são todas as vacinas que posso tomar….
    Abraço fraterno Nicole!!

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    1. Kkkkkk ri muito, Renata!!! Seu filho fazia exatamente o mesmo que meu irmão. Ele xingava todo mundo kkkk Adorei isso que você falou de ter que apoia-lo e seu medo acabou passando. Sobre a vacina do corona, para quem tem alergia o melhor parece ser não tomar mesmo. Por isso quem pode é bom tomar para proteger quem não pode 😘😘

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      1. Renata Rodrigues

        Pois e Nicole o menino era terrível so nao xingava ninguém era so medooooo mesmo kkkkkk mas agora passou….e sobre a vacina e verdade quem pode e quiser toma la e melhor sim!!

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  2. Na escola eles me vacinaram e a enfermeira não passou bem e deixou meu braço muito dolorido
    Como adulto, tentava fechar os olhos e pensar em outra coisa. Certa ocasião, quando doei sangue, apenas olhando para o sangue através do tubo, desmaiei. Agora estou esperando a vacina contra o vírus. Um abraço Nicole

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  3. Permaneço aqui também esperando. Não me lembro de pequena ter medo, depois de adulta que fui desenvolver certo medo da agulha quebrar dentro do meu braço, por isso fecho os olhos fortemente, rezando pra agulha sair intacta de dentro de mim.

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  4. Eu não tenho problema nenhum com agulhas. Sou daqueles que ainda fica olhando para ver o que a pessoa que está aplicando a vacina está fazendo. E confesso que adoro ver o sangue enchendo os tubinhos na hora de fazer exame ou de doar. Mas entendo e respeito quem tem medo, porque todo mundo tem medo de alguma coisa. O importante é que a pessoa tenha consciência de que é preciso vencer alguns medos, como no caso das vacinas.

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  5. Perfeito Nicole,
    Seu texto é um incentivo aos que temem a espetada e também aos que temem a própria vacina.
    Como você, também aguardo ansioso a hora de obter a imunização contra este mal que tantos danos já causou.
    Compartilhar seus medos é uma ato de coragem.
    Um grande abraço!

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  6. Eu já tomei tantas agulhadas na vida, varias sangrias, que já me acostumei. Mas sempre olho para o lado. Minha filha filha tinha pavor de vacina, injecao e hospital. De tanto chorar, espernear, enfiar debaixo do banco do carro, quando percebia que estávamos chegando ao hospital, e desmaiar todas as vezes que tomava injeção ou vacina, passamos a trata-la só com homeopatia. Hoje é uma excelente medica.
    Que venha a vacina!!!

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