Não se afaste da poesia

Escrevo ao som da chuva que cai lá fora. As gotas chegam até o chão com uma suavidade tão bonita, bate um vento, escorre água pela janela. Percorro o caminho, olho para o céu, vejo a imensidão. O que queres de nós, infinito? Conte, vai. Estamos prontos para te ouvir.

“Calma, não se inquiete tanto. Olhe para si. Transforme a si mesmo”, respondeu o infinito. Guardo a mensagem no coração, reflito, duvido um pouco. Será tão simples assim? Como a transformação de si mesmo pode transformar o mundo?

Chega mais uma voz ao pé do ouvido dizendo: “pessoas conscientes do papel que têm no todo inspiram outras pessoas e essas outras pessoas inspiram outras pessoas”. Uma rede conectada. Foi ficando mais claro. É, não tem segredo, a mudança parte de cada um.

São várias peças de um quebra-cabeça com paisagem de tirar o fôlego. Ouço o silêncio depois da chuva, cheiro bom que ficou. O ar está fresco, olho para o infinito de novo. O céu está nublado, não acho as estrelas. Fecho os olhos, sinto a respiração.

Está bom, infinito. Buscarei ser o melhor que posso ser. Dentro das limitações que há em mim. Sereno a mente, peço sabedoria e agradeço por mais um dia. Seguindo o conselho de não me afastar da poesia. A vida chove poesia.

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Foto autoral. Luzes do pôr-do-sol / Maio, 2021.

14 comentários sobre “Não se afaste da poesia

  1. elcieloyelinfierno

    Entrada bonita e sensível! É como se prestássemos atenção ao infinito que você observa; asseguramos que é possível que se tivermos consciência de sermos melhores, só porque mais uma pessoa se junta a nós dia após dia, chegaremos à teia harmoniosa e plena de nos entendermos e de fazer deste um mundo melhor. Eu parabenizo você, Nicole. Um abraço.

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