A verdade é que existe perda de tempo. Tudo bem, tem aquela teoria do aprendizado, nada é em vão e coisa e tal. Mas precisamos aceitar que tem vezes que perdemos tempo. Tem vezes que o relacionamento amoroso já acabou, a amizade já não faz mais sentido e permanecemos.

Permanecemos mesmo quando não existe mais amor ou simples bem-estar. Ontem li uma palavra interessante: “acomodamento”. Até o que é ruim pode se transformar em zona de conforto, não é louco? Dá mais medo sair daquele caos conhecido do que abrir espaço para um jardim cheio de flores.

E quando entramos nesse estado de acomodamento perdemos algo valioso que ilumina nossos caminhos: a consciência sobre o que queremos e o que não queremos. Qual tipo de relação eu desejo ter na minha mochila?

Essa questão ajuda a clarear se o percurso que estamos seguindo está em sintonia com o que desejamos. As pessoas que nos cercam fazem toda a diferença. Ficar acomodado(a) em relações de anos, mas que não está fazendo bem ou forçando a barra para viver um amor sem amor, é perder oportunidades.

As coisas acontecem quando deixamos espaços vagos para elas. Aventuras são concluídas para outras iniciarem. E o fluxo segue. Nada é permanente, nem o “acomodamento”. O recomeço é uma arte, há boas surpresas do lado de fora.

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