A mulher casada

Foto autoral. Fazenda da Pratinha, Chapada Diamantina / setembro, 2021.

Esperar o sinal de trânsito ficar verde é uma grande oportunidade para ouvir a conversa dos outros. Pelo menos aqui no Rio que o pessoal não fala muito discretamente. Eram duas mulheres conversando e uma contava sobre os lugares que gostava de ir nos finais de semana: praia, bar, viagens, ver amigos.

E perguntou para a outra: “Você não é de sair porque é casada, né?” Eu estava na esperança de que a segunda mulher respondesse que não tem nada a ver, que ela também tem coisas que gosta de fazer nos finais de semana.

Para minha decepção de ouvinte de conversa alheia, a resposta foi: “É, às vezes faço algumas coisas com meu marido”. Senti o desânimo na voz dela. Ouvir conversas aleatórias na rua é interessante porque costumo me deparar com realidades muito diferentes daquelas que convivo.

Estamos em pelo 2021, batendo na porta de 2022. As pessoas têm suas individualidades. Casamento não é prisão. A vida não é limitada a duas pessoas. As amizades são essenciais para relembrar a própria identidade, família também.

As relações estão aí para fazer a gente transbordar, não para apagar parte de nós. É escolher expandir junto, não diminuir. Controle e ciúmes não impedem ninguém de trair. Aliás, ninguém é dono de ninguém. Vale repetir: amor é ninho, não gaiola.

Obrigada pela leitura! 🙂

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