
Em um chute aproximado, noventa por cento das pessoas dos meus círculos de amizade já fizeram ou fazem terapia. O curioso é que são raros os pais que aceitam encarar esse processo nada fácil de olhar para si mesmo. Apenas nesta semana, ouvi histórias sobre violência doméstica, relacionamento abusivo, depressão.
E quem estava passando – ou passou – por essas situações não foram os filhos que me contaram, mas os pais. O curioso, mais uma vez, é que quem teve contato com psicólogo foram os filhos. A família diz que não precisa, é besteira, está tudo bem. Não sou exceção, viu? Também sou a única que recorreu à terapia.
Uma amiga psicóloga já contou de casos em que atendia adolescentes com ansiedade ou depressão, mas que a família se recusava a também fazer terapia. Achavam que o problema era só dos jovens. Que ledo engano, meus amigos. Que engano. Nós somos construção do meio que a gente vive.
Querendo ou não, nós trazemos os padrões, os medos e as confusões dos ambientes em que crescemos. É um processo difícil começar a enxergar o que vem da nossa história e ressignificá-la. Mas é esse movimento que ajuda a gente a não aceitar carregar fardos que não são nossos, a não nos culpar por escolhas que não são nossas.
Também é importante para humanizarmos nossas origens, olhar com mais afeto e empatia àqueles que nos construíram. Ou a afastar-se, caso faça mais mal do que bem. Normalizemos o afastar quando é para salvar a si mesmo. São muitas histórias de uma geração que eu poderia contar aqui.
Obrigada pela leitura! Te vejo na próxima crônica!
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Eis uma tarefa árdua: ser Pai, assim mesmo, com P maiúsculo..,. Muito mais fácil ser filho, mesmo quando a chinela e a vara de marmelo marcava as pernas…
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Deve ser uma missão difícil mesmo!
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Por isso gratificante!
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