Maid é uma série que conta a história real – com poucas pitadas de ficção – de uma mulher que viveu um relacionamento abusivo e destrutivo com o pai da sua filha. Alex e Maddy mexeram tanto comigo que nem consegui maratonar. A cada episódio, muitas e muitas questões brotavam na minha cabeça.

Penso que todos conhecem ou já viveram situações parecidas: relacionamento que empurra para baixo, mulheres que são totalmente desamparadas pela sociedade e se veem sozinhas criando seus filhos, pais tóxicos, chefes desumanos, gente com muito dinheiro e coração vazio.

Mas o que mais me tocou em Maid foi a sororidade. Lembro que quando ouvi essa palavra pela primeira vez não sabia o que era e uma colega de trabalho me respondeu na época: “é quando vemos uma mãe com um bebê chorando no avião e, ao invés de reclamar, oferecemos ajuda”. É uma mulher estender a mão a outra mulher.

Durante a série, notei que os apoios genuínos à Alex, a mãe, vieram todos de outras mulheres. No fundo, acho que sabemos que poderia ser com a gente. Ou identificamos as mesmas dores em nós. Ou os mesmos obstáculos da vida pelo simples fato de sermos mulheres.

A virada de chave mostrada em Maid é o que eu espero para nós, mulheres. Que a gente consiga enxergar nosso potencial e tenha a oportunidade de colocá-lo no mundo. Que a gente tenha autonomia sobre nossos corpos, nossas mentes e nossas almas. Que a gente sinta paz para viver.

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