
Descia o morro que leva até a base da Floresta da Tijuca quando minha amiga comentou sobre a esquisita sensação de ter todos os colegas de trabalho com filhos, casados há anos ou divorciados. Ela não reclamou que queria a vida deles, mas como era estranho a dela ser tão diferente.
Estávamos em um grupo de quatro pessoas e disse para ela olhar ao redor. Nenhum de nós seguiu o roteiro dos colegas de trabalho dela. Não que o nosso seja melhor e o deles pior, ou vice e versa, apenas são diferentes. E começamos a conversar sobre as bolhas.
Cada um tem a sua bolha: aquela que temos mais afinidade e que todos seguem meio que um padrão. A minha bolha é a do pessoal que adora sentar no bar para conversar sobre qualquer coisa, que topa quase qualquer viagem, que ama home office porque pode morar em qualquer lugar, que quando casa é “mais tarde”.
Minha bolha é da galera que dá gargalhada alta e nem percebe que está em público, que curte um samba com latinha de cerveja na mão, que se aventura com filhos, que questiona os roteiros de vida pré-moldados, que faz diferente, que vira para a esquerda ao invés da direita porque vai que tem algo legal ali.
Às vezes sentimos pressões e angústias porque olhamos para a bolha errada, para aquela que não tem nada a ver com o que sentimos. É para buscar inspiração nas pessoas que tocam a vida em uma melodia parecida com a nossa. É um encaixe suave.
Já encontrou a sua bolha?
Estou na fase de estourá-las… rsrsrsrs
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Que bom! 🙂🌿
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